quarta-feira, 31 de outubro de 2012

NOS LUGARES CELESTIAIS

O que significa a expressão: “Nos lugares celestiais” (επουρανιος [epouranios]). Significa:  “1) que existe no céu. 1a) coisas que têm lugar no céu. 1b) regiões celestiais. 1b1) o céu em si mesmo, habitação de Deus e dos anjos.1b2) os céus inferiores (referência às estrelas). 1b3) os céus, (referência às nuvens. 1c) o templo celeste ou santuário 2) de origem ou natureza celeste ”


INTRODUÇÃO
Talvez algumas perguntas venham à mente no início dessa exposição são: essa expressão “Nos lugares celestiais” deve ser sempre interpretada da mesma forma? Sempre com o mesmo sentido em todos os textos que ela aparece? Os textos são os seguintes na carta de Paulo aos Efésios: (1.3 ; 1.20 ; 2.6 ; 3.10 e 6.1 2 ). Em todos esses textos eu devo interpretá-la da mesma maneira? Os lugares celestiais de 1.3; 1.20; 2.6 são o mesmo dos 3.10 e dos 6.12 da carta de Paulo aos efésios? Vejamos algumas explicações.


ANÁLISE DO TEMA PROPOSTO
Segundo Hendriksen: "a expressão ‘nas regiões celestiais’ ou, simplesmente ‘nos celestiais’ (usada no sentido de local em 1.20, 2.6, 3.10, e provavelmente também como localidade em 6.12) indica que essas bênçãos espirituais são celestiais em sua origem, e que do céu vieram para os santos e crentes que se acham na terra (cf 4.8 C.N.T. sobre Filipenses 3.20 e sobre Colossenses 3.1) ."


Então lugares celestiais tem o mesmo sentido em todos os textos acima? Talvez a maior dificuldade seja entender como ocorre uma luta nos lugares celestiais onde está Deus e que pela fé também já estamos com Cristo e que de lá provém às bênçãos espiritais dos crentes e ainda há uma luta, como mostrada em Ef. 6.12. Isso pode ser explicado considerando o seguinte: "O termo ‘regiões celestiais’, ainda que signifique em todos os lugares incluindo aqui, referindo ao que se pode chamar, num certo sentido bem amplo, ‘a esfera celestial’, não pode ter precisamente o mesmo significado que em outros lugares. (grifo acrescentado) Enquanto que nas demais passagens de Efésios indica o céu de onde descem as bênçãos (1.3), onde Cristo se acha assentado à destra do Pai (1.20), onde os redimidos estão sentados com Cristo (2.6) e onde os anjos eleitos tem sua habitação (3.10), aqui se refere à região acima da terra, porém abaixo do céu dos redimidos; em outras palavras, aqui se deve indicar o que em 2.2 se denomina ‘o império do ar’. Sendo que a referência é a ‘os governantes dessas trevas’ com quem os crentes devem contender, esta alteração na aplicação do termo não deve trazer nenhum problema.”


Hendriksen comentando Ef. 2.2, lista algumas razões para se entender o texto referido acima. Também diz que de modo algum os espíritos malignos são donos exclusivos da situação. No que se refere ao crente e ao seu conforto as passagens de Ef 1.20-23; Cl 2.15; Rm 16.20; Ap 20.3.10; Gn 3.15 e Jo 12.31,32, devem confortar todos os cristãos em relação a esses espíritos malignos e suas influências. .


"Seguramente nem Satanás e nem seus anjos caídos estão no céu dos redimidos (Jd 6), Se, pois, e de acordo com a doutrina consistente da Escritura, os espíritos devem estar em algum lugar, porém não no céu dos redimidos e se nesta presente era não podem ser restringidos ao inferno, é estranho que Efésios 2.2 fale sobre o ‘príncipe do império do ar’? Não é simplesmente que natural que o príncipe do mal seja capaz, até onde Deus em seu governo providencial o permita de lavar a bom termo sua obra sinistra de enviar suas legiões a nosso globo e sua atmosfera adjacente?" .


É perfeitamente entendido que Satanás exerce algum poder sobre as pessoas inclusive sobre os eleitos (embora ele não possa possuir os seus corpos cf. 1 Co 6.19, 20; 2 Co 6.15; Tg 4.5; Ef 1.13, 14 e muitos outros textos), mas tem algum tipo de ação na vida dos salvos, isso é visto na própria carta aos Efésios no capítulo 6 onde é mandado ao crente se revestir da armadura de Deus para a luta contra os seres malignos.


Algo que merece um esclarecimento é em relação à diferença de significado das passagens de Ef 3.10 e Ef. 6.12. Por que não se referem aos mesmos anjos? Por que em 3.10 são considerado anjos eleitos e em 6.12 é dito ser os anjos caídos? O motivo é o seguinte:  "[...] é verdade que a expressão ‘principados e autoridades’ é neutra, assim como 'anjos’. Gabriel é um anjo, porém Satanás também o é. Em cada caso o contexto é o que determina se a designação se refere a anjos em geral, como em 1.21, a anjos maus, como em 6.12, ou a anjos bons. Ainda a adição, aqui em 3.10, das palavras ‘nas regiões celestes’ não é decisiva para determinar se a referência é aos anjos bons ou aos demónios, como 6.12 estabelece. Não obstante, ainda não vejo razão para discordar de Calvino, Bavink, Grosheide, Hodge, Lenski e da multidão de eminentes teólogos e comentaristas, que creem que 3.10 se referem aos anjos bons e não aos maus. Minhas razões são as seguintes: (1) Aqui (3.10), não há referência a qualquer conflito entre os crentes e as hostes espirituais da maldade. Em 6.12, a questão é inteiramente outra. (2) Tanto a linguagem quanto os pensamentos contidos são elevados. Bem faremos se levarmos a sério os comentários de Calvino. Diz ele: ‘Alguns preferem considerar que estas palavras se referem aos demónios, porém sem uma justa reflexão... Não pode haver dúvida sobre o fato de que o apóstolo se esforça em exibir na mais plena luz a misericórdia de Deus para com os gentios e o alto valor do evangelho... A intenção de Paulo é: A igreja, constituída de judeus e gentios, é um espelho, no qual os anjos contemplam a admirável sabedoria de Deus manifestada de uma maneira até então desconhecida dos anjos. Eles vêem uma obra que é nova a seus olhos, e a razão pela qual estava escondida em Deus.’. (3) O fato de que a igreja, como obra mestra de Deus por meio da qual são refletidas suas excelências, é um objeto do interesse e escrutínio para os anjos bons, se faz evidente também à luz de outras passagens (Lc 15.10; ICo 11.10; IPe 1.12; Ap 5.11ss). Efésios 3.10 se harmoniza maravilhosamente com tudo isso."


O que deve ser atentado é que na passagem de Ef 6.12 há uma luta entre os crentes e os anjos caídos. Essa luta dá a entender que é os crentes lutam na dependência total de Cristo, é claro, contra esses anjos ditos no texto. Isso não ocorre no texto de Ef 3.10, onde há apenas uma descrição desses principados e potestades e de sua relação com Deus . Esses lugares celestiais do texto de 3.10 são o mesmo de Ef 2.6; 1.3 , que designam o céu, como lugar de habitação de Deus, o que é diferente do céu do texto de Ef 6.12, que é a localidade entre céu dos eleitos e a terra, onde acontece a luta referida no texto de Ef 6. 
 
CONCLUSÃO
Tendo em vista o exposto acima a conclusão que se chega é que nem sempre a designação “nos lugares celestiais” pode ser dita que é o céu que Paulo citou em 2Co 12.2. Pode ser que às vezes a compreensão do texto seja outra, designando ora o céu e ora a região entre o céu dos redimidos e a terra. Como exposto acima cabe ao crente o estudo de cada passagem para uma melhor compreensão do texto bíblico e analisar segundo o contexto próximo e depois pela analogia da fé das Escrituras o melhor sentido para cada passagem. Fica a dica para que a cada dia todos nós nos esmeremos mais no estudo da Palavra de Deus, buscando sempre entender que nem tudo está totalmente claro a homens limitados. Sei que nem todos os pontos foram abordados e talvez ainda haja dúvidas, mas espero que esse breve estudo tenha contribuído para o crescimento de todos nós. Qualquer dúvida ou acréscimo eu estarei a disposição dos irmãos.


Cristiano Melo

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Strong, J. (2002; 2005). Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong (H8679). Sociedade Bíblica do Brasil.
Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, 20 o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direitac nos lugares celestiais 6 e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus;para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais, porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.
HENDRIKSEN, Willian. Comentário do Novo Testamento: Efésios e Filipenses. Trad. Valter Graciano Martins. 2ª ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2005. p.89.
HENDRIKSEN, Willian. Comentário do Novo Testamento: Efésios e Filipenses. Trad. Valter Graciano Martins. 2ª ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2005. p.323.
Idem., Cf.p.136.
Idem., p.135.
HENDRIKSEN, Willian. Comentário do Novo Testamento: Efésios e Filipenses. Trad. Valter Graciano Martins. 2ª ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2005. p.189,190.
STOTT, John. A Mensagem de Efésios: a nova sociedade de Deus. São Paulo: ABU, 2007. Cf. p. 86,87.
HENDRIKSEN, Willian. Comentário do Novo Testamento: Efésios e Filipenses. Trad. Valter Graciano Martins. 2ª ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2005. p.141.
 

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

É possível um cristão ficar deprimido?


















Por Maurício Zágari 
 
Este fim de semana li uma afirmação curiosa. Dizia que  "simplesmente depressão não pode existir num coração preenchido pelo Espírito Santo". A verdade é que essa é uma frase totalmente antibíblica, sobre um assunto sério que afeta tantas pessoas. Mas infelizmente esse é um pensamento que reflete a teologia atual de enorme parte da Igreja brasileira e que condena multidões de pessoas a um sentimento de culpa e a um cruel distanciamento de Deus. No mesmo contexto, o autor do texto usou termos consagrados pelas igrejas neopentecostais para adjetivar gente que está passando por momentos de aflição, como "derrotado" e "fracassado", e emendou que o texto de "um homem que aceita essa condição e passa a viver depressivamente é a mais triste das coisas que eu li na vida". Como essa visão reflete aquilo que é pregado em muitos púlpitos, quem lê coisas como essas acaba sendo levado a uma reflexão sobre como os cristãos enxergam a depressão: afinal, é possível um servo de Deus viver períodos de depressão? Isso faz dele um "derrotado" e "fracassado". Como funciona isso? E como devemos tratar como cristãos quem está passando por essas fases de depressão?
Vemos nas Escrituras muitos e muitos homens de Deus, cheios do Espírito Santo, passarem por longos períodos de depressão. Elias pediu a morte quando fugiu da humanidade e só queria dormir e esquecer da realidade. Paulo passou uma semana sem apetite nem ânimo após se confrontar com a duríssima verdade de que o propósito de sua vida até aquele momento tinha sido vão. Pedro chorou amargamente e em dilacerante depressão após cruzar seu olhar com o de Jesus após o galo cantar. José do Egito com certeza não ficava soltando fogos na escravidão ou na prisão. Ana, de tão triste e deprimida, chorava  desbragadamente, a ponto de Eli a confundir com uma bêbada. Maria e Marta estavam tão deprimidas com a morte do irmão e a ausência do Senhor que o estado emocional delas chegou a comover Jesus e o levou às lágrimas de compaixão. Desnecessário dizer como a alma do homem reto, temente a Deus e que se desviava do mal Jó foi abatida até o limite. Davi, então, nem se fala, basta ler o salmo 51 para ver como o homem segundo o coração  de Deus entrou numa espiral de depressão após a crise de seu pecado e a morte do filho - aliás, os salmos contêm dezenas de cânticos escritos em agonia depressiva. Em resumo, a Bíblia nos mostra muitos homens e mulheres de devoção sincera a Deus que viveram períodos de acachapante depressão sem que isso os desqualificasse aos olhos do Senhor ou fizesse deles "derrotados" ou fracassados".
O mesmo ocorreu com grande homens de Deus ao longo da História da Igreja. Charles Spurgeon viveu décadas em depressão profunda devido à sua saúde e a da esposa. Agostinho fala claramente sobre suas depressões e crises existenciais em "Confissões". João da Cruz chega a escrever sobre o terrível estado de espírito que chamou de "a noite escura da alma". O relato de vida sofridíssima de David Brainerd é uma inspiração para todos nós até os nossos dias. O que dizer então de John Bunyan em seus anos na prisão? Martinho Lutero em seu exílio voluntário para fugir da fúria papista produziu escritos magníficos, inclusive a tradução da Bíblia para o vernáculo. William Cowper, o deprimido poeta cristão sofredor, que exemplo! Todos gigantes da fé, que viveram enormes ondas de depressão. E... "simplesmente depressão não pode existir num coração preenchido pelo Espírito Santo"? Desculpem, mas isso simplesmente não é verdade.
Deus faz as coisas de modo surpreendente. No dia em que li essas palavras estava na casa de um grande amigo, onde fiquei de manhã até a noite em um sarau, cantando, tocando violão e conversando. Entre os poucos presentes estava um dos meus cantores preferidos de música cristã no Brasil, intérprete de muitas das canções evangélicas mais bíblicas e belas que conheço. Conversamos muito e ele me contou como compôs algumas de suas músicas. Lindo é que as mais profundas, as minhas favoritas, as que mais tocam o meu coração e me aproximam de Deus foram escritas em momentos em que ele se encontrava em uma depressão tão terrível que se eu relatasse as histórias te fariam chorar como eu chorei diante dele. Não posso contar quem esse cantor é ou que músicas são porque ele me pediu que não dissesse a ninguém, justamente pelas ideias erradas que o cristão tem sobre a depressão, como se ela fizesse de você um crente de segunda classe, sem fé ou distante de Deus. Foi uma bela ironia.
Biblicamente, a depressão é uma escola de Deus. Não, meu irmão, minha irmã, você não é um derrotado sem fé porque as circunstâncias da vida te levaram a esse ponto. Nunca deixe que te enganem com esse pensamento oriundo da Teologia da Prosperidade e da Confissão Positiva. Bons homens e mulheres de Deus se deprimem e, em meio a esse processo, Deus trabalha profundamente em suas almas e emoções. Estar deprimido não é motivo para se considerar menos espiritual, como se o cristão tivesse de viver sempre feliz da vida, sorrindo a toda hora. Isso é um conceito antibíblico fruto de uma teologia apócrifa. Deprimir-se simplesmente mostra que você é humano e dependente da graça de Deus. Se você está deprimido e sem forças, saiba que não é porque "depressão não pode existir num coração cheio do Espírito Santo", mas sim porque você está na escola de Deus e no mais profundo do seu abatimento o Senhor está te ensinando lições importantíssimas. Todo barro para ser remodelado precisa ser amassado pelo oleiro.
Curioso é que o mesmo texto onde li essa frase sobre depressão diz ainda e paradoxalmente que "a realidade às vezes devora a vida. Às vezes a gente 'despenca' até o pó e lá o Senhor nos lembra coisas que o nosso coração fraco quer nos fazer esquecer". E essa, por outro lado, é uma grande verdade. Quando você é humilhado, entristecido, moído, tratado com injustiça e desamor, na maioria das vezes não é o diabo o responsável, mas o Senhor, que em seu infinito amor disciplina todos os que ama. Deus muitas vezes nos leva propositalmente à tristeza, como Paulo prova em 2 Coríntios 7 - ao falar sobre a tristeza segundo Deus:
"Vocês se entristeceram como Deus desejava, e de forma alguma foram prejudicados por nossa causa. A tristeza segundo Deus produz um arrependimento que leva à salvação e não remorso, mas a tristeza segundo o mundo produz morte. Vejam o que esta tristeza segundo Deus produziu em vocês: que dedicação, que desculpas, que indignação, que temor, que saudade, que preocupação, que desejo de ver a justiça feita! Em tudo vocês se mostraram inocentes a esse respeito". (2 Coríntios 7.8-10)
Nem sempre a depressão vai desvanecer-se simplesmente pelo fato de botarmos o joelho no chão: só vai acabar quando a soberania de Deus determinar, quando tivermos chegado ao ponto em que Ele quer. Jó passou mais de 40 capítulos falando com Deus sobre sua míséria e não foi por isso que o Senhor virou seu cativeiro. Davi orou, clamou e se humilhou mas ainda assim o Pai levou seu filho e, no episódio do recenseamento, ele teve de amargar o juízo do Alto. Paulo clamou três vezes, afligido pelo espinho na carne, e só ouviu como resposta "a minha graça te basta". Temos de orar sem cessar. Mas nem sempre a oração fará as coisas acontecerem como queremos: a soberania de Deus fará. Oremos sim. Mas sem achar que isso é uma fórmula mágica para um suposto "coração vazio do Espírito Santo".
Querido irmão, querida irmã, se você está enfrentando depressão, não se culpe. E jamais permita que te façam sentir culpado. Você não é. Estar deprimido não quer dizer que você se esqueceu das palavras de vida eterna que o Senhor te disse. Também não quer dizer, nem de longe, que você aceitou ou se conformou com essa condição. Muitos vão te julgar sem saber o que se passa na tua alma ou que circunstâncias da vida te levaram a esse ponto e, como os amigos de Jó, vão dizer que você está fazendo tudo errado e até te acusar de ser abominação ao Senhor. Deixe que falem. Só você sabe por onde passou, onde errou, onde acertou, sabe que a vida não é cartesiana e que 1+1 nem sempre é igual a 2, embora seja o mais fácil para os outros especularem. Só você sabe onde dói o calo - e mais: como aquele calo foi parar ali. Elifaz, Bildade, Zofar e a esposa vão te dizer palavras de acusação. E tua resposta deve ser sempre a de Jó: "Temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal?". Não quer dizer que você está se fazendo de vítima. Só você sabe das circunstâncias. Não introjete as acusações. Deixe que falem. A sua conversa e a sua caminhada devem ser com Deus somente e com aqueles que te demonstrarem amor apesar de tudo, amor incondicional, aqueles que sabem quem você é apesar de não te reconhecerem em meio aos momentos de reestruturação que você vive pela depressão. Porque ningúem fica como sempre foi durante os períodos de depressão. E é o amor, e não acusações, que vai ajudar nisso.
A civilização ocidental abomina a depressão. Muitos cristãos abominam a depressão. O que é previsível, pois vivemos numa sociedade hedonista, onde tristeza, melancolia e não estar com "alegria todo dia" é visto somente como um mal e não como um processo necessário de melhoria e avanço espirituais. Pois a Bíblia é claríssima quando mostra o poder terapêutico da depressão. Não a depressão patológica, mas aquele estado de alma em que somos cuidados, moldados, lapidados, aperfeiçoados e tratados por Deus. E entenda: a depressão patológica levou Judas a se enforcar, enquanto a depressão que é fruto da já citada "tristeza segundo Deus" leva Pedro a pregar e três mil almas se converterem. Ninguém gosta de ficar pra baixo, mas a questão é saber como usar isso em favor de seu crescimento espiritual. Deus sempre usou meus momentos de depressão, por exemplo, para mostrar sistematicamente quem se importa de fato comigo ou não, quem é amigo e quem não é, quem me ama e quem não ama. E sou grato ao Senhor por isso.

Muitos cristãos são tão implacáveis com a depressão dos irmãos que, se alguém está deprimido, suas palavras sobre vida com Deus param de alcançar os corações, porque os santos acham que os deprimidos desistiram aos poucos de coisas que são importantes e se entregaram ao sofrimento, como se tivesse sido uma opção - e fazem esse julgamento sem conhecer em toda sua extensão o furacão que os arremessou sem que quisessem e contra todas as suas vontades ao lugar de dor em que se encontram.  Além da depressão em si ainda têm de suportar acusações e julgamentos infundados. E isso dói mais do que a depressão. Mas é o que os cristãos tão cumpridores de bulas religiosas têm feito em vez de estender carinho e graça.
Às vezes é preciso que você passe um tempo na barriga do peixe, no monturo, no cenáculo, pastoreando ovelhas em Midiã, na sepultura, no deserto ou numa caverna sendo alimentado pelos corvos. Isso não é fugir, faz parte do processo de reestruturação e não é demérito algum. Muitos têm concepções próprias de felicidade que atribuem como sendo de Deus. Creem ser o padrão bíblico. Acreditam de fato em teologias as mais diversas ou mesmo que por cumprirem certas cartilhas legalistas estão cumprindo a vontade de Deus. Estou orando e jejuando, então estou fazendo a coisa certo. Deixe que creiam, descobri na prática que não adianta dizer a verdade. Chega uma hora em que você entrega cada um a sua própria sorte. A concepção de cada um é a concepção de cada um e só Deus pode nos ensinar.
Desista de querer mudar os outros, hoje eu sei que isso não funciona. Só quem muda é o Espírito Santo. E - surpreenda-se - muitas vezes Ele usará a depressão para isso. Pessoas que seguem manuais preconceituosos de vida cristã serão surpreendidos ao se verem vivendo depressões profundas, por não entenderem que a vida é dinâmica e não basta seguir os livrinhos de escola dominical, as apostilas dos cursos pré-nupciais ou os livros com "sete passos para a vitória" para tudo dar certo. E, quando a depressão vier para os outros, não cometa os erros que cometeram com você: não acuse, não pise, não diga que eles não têm o Espirito Santo no coração, não os julgue - pois você não sabe o que eles viveram e vivem. Simplesmente dê amor, é o que um cristão vivendo uma fase depressiva precisa até que ela acabe.
Ao final da depressão de Elias, o Espírito Santo, que nunca abandonou o coração daquele homem, envia um anjo, que o sacode e decreta o fim do período e o início de uma nova etapa: "Levanta-te e come, porque o caminho te será sobremodo longo". E esse é o mesmo Elias que foi amado e cuidado pela viúva de Sarepta e dos lábios dela ouviu: "Nisto conheço agora que tu és homem de Deus e que a palavra do Senhor na tua boca é verdade".
Se você sabe quem você é, conhece seu Deus e está seguro do seu relacionamento com o Senhor mas está vivendo um processo terapêutico de depressão... não se deixe afetar pelos que te põem mais para baixo, que julgam pela superficialidade e o pragmatismo e, por não saberem de todos os detalhes e as circunstâncias da tua dor, enxergam apenas os lugares-comuns - e, por isso, pisam em cima e te afundam ainda mais. Aproxime-se dos que te dão amor, pois esses vão se preocupar em ir fundo na sua alma para compreender melhor sua situação antes de te soterrarem de clichês que não ajudam em absolutamente nada - e ferem. Continue na jornada com Deus. Chore o quanto for preciso. Esqueça as cartilhas pré-fabricadas de felicidade ou as frases feitas sobre o "padrão cristão". Lembre-se da beleza do fato de que você é único e que a graça vai lidar com você de forma única. Deus te conhece pelo nome. Deus sabe onde dói a tua dor. Por isso, Ele é o único que te entende e pode te ajudar plenamente. E, ao final, levante-se e ande - com todo o aprendizado obtido na escola de Deus - pois teu caminho será sobremodo longo.
Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício.

Fonte: Apenas
 
Extraído de

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Reforma Protestante do Séc. XVI


 
"O justo viverá
pela sua fé"
O texto de Romanos 1:17
foi fundamental para que surgisse
 a Reforma Protestante no Século XVI.

 
Quando Martinho Lutero leu essa passagem
das Escrituras, foi convencido de que nossa justificação não se dá através das boas obras,
mas através da fé.
Inicialmente, 'Reforma Protestante' foi um termo pejorativo empregado pelos católicos romanos
à aqueles que protestaram contra o sistema religioso da época, mas esse termo foi assimilado
e usado a partir do século XVI até nossos dias para designar os grandes fatos vividos
pelos que desejavam e desejam pautar sua vida religiosa segundo a Bíblia.
 
Que foi a Reforma
Protestante?
Dependendo do ponto de vista, poderíamos ter vários conceitos. No entanto, consideramos a Reforma como um movimento de retorno aos padrões bíblicos do Novo Testamento. Isso expressa a realidade da "Reforma Protestante", pois tudo que se fez tinha a finalidade de levar as pessoas a se aproximarem de Deus através de um relacionamento profundo com Ele.
Por que aconteceu
a Reforma Protestante?
Alguns fatores contribuíram para que acontecesse a Reforma. Entre eles podemos destacar os seguintes:
b) Mudanças políticas. Surgem as nações-estados. A Europa começa a se fragmentar em países independentes politicamente uns dos outros. Surgem países como a Inglaterra, França, Espanha, Portugal, etc. Com isso é natural o desejo de cada governante de sentir-se livre de um poder central e dominador que era o papado.
c) Mudanças intelectuais. Há grandes transformações intelectuais com o surgimento dos humanistas cristãos, os quais tiveram um interesse profundo pelo estudo das Escrituras Sagradas e das línguas originais e começaram a fazer uma comparação entre o Novo Testamento e o que a Igreja Católica Romana estava vivendo. Entre esses humanistas podemos destacar Desidério Erasmo ou Erasmo de Rotherdan que influenciou os reformadores com o seu Novo Testamento Grego.
d) Mudanças religiosas. O autoritarismo da Igreja católica romana era insustentável. O catolicismo não satisfazia os anseios espirituais do povo que buscava uma religião satisfatória e prática, que respondesse às suas indagações e expectativas.
a) As mudanças geográficas.  O século XVI foi a era das grandes navegações realizadas pelas superpotências Portugal e Espanha e, consequentemente, das grandes descobertas. Com isso o mundo não se limitava mais à Europa, mas o novo mundo trouxe novos horizontes de conquista e expansão.
Onde aconteceu
a Reforma Protestante?
A Reforma aconteceu na Alemanha, mas logo, se espalhou para outros países como Inglaterra, Suíça, França, Escócia, etc. Em cada país podemos destacar um líder que levou avante este movimento.
Quando
ocorreu a Reforma?
A partir do final do Século XII, começam a surgir alguns movimentos na Europa que pediam mudanças dentro da Igreja Católica Romana. Entre eles podemos destacar dois grupos:
  • Os valdenses com Pedro Valdo na Itália.
  • Os cataritas na França.
Também surgiram alguns homens que podemos considerá-los pré-reformadores como:
  • John Wycliff na Inglaterra, no século XIV, 1384
  • John Huss na Boêmia, no começo do século XV, 1415
  • Jerônimo Savanarola na Itália, no final do século XV, 1498
A Reforma Protestante, no entanto, só aconteceu no Século XVI na Alemanha, quando o frade agostiniano Martinho Lutero afixou as 95 teses nas portas da igreja do castelo de Wittenberg.
Era o dia 31 de outubro de 1517, véspera do dia de "todos os santos", quando milhares de peregrinos afluíam para Wittenberg para a comemoração do feriado do "dia todos os santos e finados", 01 e 02 de novembro.
Era costume pregar nos lugares públicos os avisos e comunicados. Lutero aproveitou a oportunidade e, através de suas teses, combatia as indulgências que eram vendidas por João Tetzel com a falsa promessa de muitos benefícios. Ele dizia que, se alguém comprasse uma indulgência para um parente falecido, "no momento em que a moeda tocasse no fundo do cofre a alma saltava do inferno e ia direto para o céu".
Quais foram
os principais reformadores?
  • Na Alemanha, Martinho Lutero (1483/1546)
  • Na Suíça, Huldreich Zwínglio (1484/1531) e João Calvino (1509/1564)
Quais foram
as principais obras de Lutero?
Lutero expressa suas ideias através de três obras. São elas:
a) A Liberdade Cristã. Nesse livro, pregou que somos livres em Cristo. Negou nessa obra que somente o papa pudesse interpretar as Escrituras, mas que podiam ser lidas e interpretada por qualquer crente sincero.
b) Apelo à Nobreza. Aqui Lutero faz um apelo para o povo se unir contra a Igreja Católica Romana.
c) Cativeiro Babilônico da Igreja. Afirmava que a Igreja estava vivendo num cativeiro, assim como o povo de Israel esteve na Babilônia escravizado.
Quais eram as principais doutrinas
defendidas por Lutero?
a) Justificação pela fé. Baseado nos ensinos de Paulo, ele ensinava que o homem não é justificado pelas suas obras, mas pela fé em Jesus Cristo.
b) A infalibilidade da Bíblia. Ele considerava a Bíblia infalível e acima de toda e qualquer tradição religiosa. Enquanto a Igreja Católica Romana defendia a ideia de que o papa era infalível e a Bíblia era sujeita à sua interpretação, Lutero afirmava que A Bíblia estava acima do papa, pois ela é a Palavra de Deus inspirada pelo Espírito Santo.
c) Sacerdócio de todos os crentes. Lutero negava o conceito que afirmava ter o papa poderes sobrenaturais como intermediário entre o povo e Deus. Ele defendia a ideia de que todo crente é um sacerdote e tem livre acesso à presença de Deus. Não precisamos de um intermediário, o único intermediário entre o homem e Deus é o Senhor Jesus Cristo.
Quais eram os princípios
fundamentais da Reforma?
a) Supremacia das Escrituras sobre a tradição.
b) A supremacia da fé sobre as obras.
c) A supremacia do povo sobre o sacerdócio exclusivo.
Lutero foi vitorioso?
Sim. Apesar das tentativas para condenarem Lutero, o papa e o Imperador Carlos V não conseguiram. Quando foi convocado a comparecer ao concílio diante do imperador, ele expressou-se destemidamente da seguinte forma: "É impossível retratar-me, a não ser que me provem que estou laborando em erro, pelo testemunho das Escrituras ou por uma razão evidente. Não posso confiar nas decisões de concílios e de Papas, pois é evidente que eles não somente têm errado, mas se têm contraditado uns aos outros. Minha consciência está alicerçada na Palavra de Deus. Assim Deus me ajude. Amém".
Uma das expressões mais profundas do sentimento de Lutero está no hino Castelo Forte que diz:
"Que a Palavra ficará, sabemos com certeza, e nada nos assustará, com Cristo por defesa; se temos de perder os filhos bens, mulher, embora a vida vá, por nós Jesus está, e dar-nos-á seu Reino". 
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Florêncio Moreira de Ataídes é pastor da IPRB desde 09/12/1989.
Detentor do prontuário 521.
Desde 2009 é diretor da EMPA, Escola de Missões Priscila e Áquila, em Assis, SP

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Padre foge com mais de R$ 3,2 milhões e se envolve com mulher casada

Fim da linha para o padre Sime Nimac. O religioso de 34 anos foi preso em um flat de Zagreb (Croácia) após desaparecer da sua paróquia com o equivalente a mais de 3,2 milhões de reais da venda de um terreno da igreja na cidade de Split.
Franciscano, padre Sime, que é descrito como um homem com "vaidade insaciável", estaria tendo, segundo investigadores, uma vida de luxos e excessos aos lado de uma mulher casada. Parte do dinheiro foi gasto com carros, roupas e um iate, o Lucky Me.
De acordo com a revista croata "Index", o padre admitiu ter ficado com o dinheiro da venda do terreno, mas se negou a dizer o que fizera com a bolada. Ele está sendo chamado de "Padre Playboy".
Fonte: www.noticiascristas.com

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

20 coisas impossíveis para Deus [Intercâmbio UMP]

Talvez já tenha acontecido com você. Você está em uma roda conversando, sendo que alguns ali são ateus. De repente alguém vem com a pergunta: “Deus pode criar uma pedra tão grande que nem Ele mesmo possa levantar?”.
A intenção da pergunta é mostrar que Deus não é onipotente. Ou Ele não pode criar a pedra, o que mostra que Ele não pode fazer qualquer coisa, ou Ele pode criá-la, mas não pode movê-la, o que também mostra que Ele não pode fazer qualquer coisa. A pergunta parece não deixar saída, mas apenas confirmar que Deus não é onipotente.
A pergunta é bem antiga. Ela tem, pelo menos, 800 anos. E há registros de uma versão semelhante de 1.500 anos atrás. Ela é comumente conhecida como “O Paradoxo da Pedra”.
Essa pergunta não prova nada contra a onipotência de Deus. Ela fere os princípios da lógica. A pergunta faz tanto  sentido  quanto  perguntar  “Vai  chover  ontem?”,  “É  possível  fazer  um  triângulo  redondo?”  ou “Quanto poder é necessário para fazer 2+2 ser igual a 5?”. Ela mistura duas premissas que não podem existir juntas. Deus pode criar uma pedra de qualquer tamanho. Ele também pode mover qualquer pedra. Mas misturar essas duas premissas em um mesmo universo fere o princípio da não-contradição. Filósofos e Apologetas cristãos têm respondido satisfatoriamente a essa pergunta ao longo dos anos1. Ela não é nenhuma ameaça para o poder ilimitado de Deus.
Mas a partir dessa pergunta, fiquei pensando em coisas que são impossíveis para Deus. Aqui vai uma lista de 20 coisas impossíveis para o nosso Santo e Todo-Poderoso Deus:
1.     É impossível para Deus mentir.
Deus não é homem para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa (Números 23.19a).
Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem. (Romanos 3.4a).
2.    É impossível para Deus ser injusto.
Não fará justiça do Juiz de toda a terra? (Gênesis 18.25b).
Deus é fidelidade, e não há nele injustiça; é justo e reto (Deuteronômio 32.4b).
Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações! (Apocalipse 15.3c).
3.     É impossível para Deus ser tentado.
Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta (Tiago 1.13).
4.   É impossível para Deus deixar de existir.
Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus (Salmos 90.2).
Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso (Apocalipse 1.8).
5.    É impossível para Deus fazer algo mal.
O SENHOR é bom para todos, e as suas ternas misericórdias permeiam todas as suas obras (Salmos 145.9).
O SENHOR é bom, é fortaleza no dia da angústia e conhece os que nele se refugiam (Naum 1.7).
6.   É impossível para Deus fazer algo impuro.
Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a opressão não podes contemplar (Habacuque 1.13a).
7.     É impossível para Deus não estar em todos os lugares ao mesmo tempo.
Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá (Salmos 139.7-10).
8.   É impossível para Deus negar quem Ele é.
Se  somos  infiéis,  ele  permanece  fiel,  pois  de  maneira  nenhuma  pode  negar-se  a  si  mesmo  (2 Timóteo 2.13).
9.   É impossível para Deus não se irar contra o pecado.
Por isso, os perversos não prevalecerão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos. Pois o SENHOR conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá (Salmos 1.5-6).
10.  É impossível para Deus deixar de agir graciosamente para conosco.
Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? (Romanos 8.32)
11.   É impossível para Deus ser limitado por alguém.
E segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes? (Daniel 4.35b)
12.  É impossível para Deus ficar cansado.
Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga?(Isaías 40.28)
13.  É impossível para Deus ganhar algum conhecimento novo.
Não! Com Deus está a sabedoria e a força; ele tem conselho e entendimento (Jó 12.13).
Grande é o Senhor nosso e mui poderoso; o seu entendimento não se pode medir (Salmos 147.5).
14.  É impossível para Deus dormir.
É certo que não dormita, nem dorme o guarda de Israel (Salmos 121.2).
15.  É impossível para Deus nos abandonar.
E eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século (Mateus 28.20b).
16.  É impossível para Deus perder algum dos seus.
Eu mesmo recolherei o restante das minhas ovelhas, de todas as terras para onde as tiver afugentado, e as farei voltar aos seus apriscos (Jeremias 23.3).
Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora (João 6.37).
17.  É impossível para Deus deixar de cumprir suas promessas.
Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo ele falado, não o cumprirá? (Números 23.19b).
Porque a visão ainda está para cumprir-se no tempo determinado, mas se apressa para o fim e não falhará; se tardar, espera-o, porque, certamente, virá, não tardará (Habacuque 2.3).
18.  É impossível para Deus não completar Sua obra em nós.
Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus(Filipenses 1.6).
19.  É impossível para Deus ter alguma necessidade externa.
O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais (Atos 17.24-25).
20. É impossível para Deus abrir mão de sua glória.
Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória não darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura (Isaías 42.8).
O fato de haver coisas impossíveis para Deus não o torna menos Deus. Pelo contrário! Isso o exalta ainda mais. O único Deus verdadeiro é infinitamente bom, justo e santo. Por causa de sua natureza divina, Ele não faz nada contrário às suas infinitas perfeições. Ele nunca peca, nunca é injusto ou faz algo que não seja santo. Que Deus grandioso nós temos! Que maravilha viver em um mundo governado por um Deus assim! Aí está uma coisa impossível: não adorá-lo.
1Uma delas em português aqui
Alex Daher

Intercâmbio feito por Rafaelle Amado

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